A sexualidade envolve o que há de mais íntimo na vida do ser humano.
Dependendo do modo como é usufruída, pode produzir resultados positivos ou
negativos, pois interfere na área biológica, sociológica, psicológica e
espiritual.
Existem alguns
princípios da intimidade que devem ser observados para um bom relacionamento
conjugal. Entre eles, a benevolência, a submissão e a concordância mútua.
O primeiro princípio
pode ser apreendido em 1 Coríntios 7.3: O marido pague à mulher a devida
benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido. No contexto deste
versículo, a devida benevolência dos cônjuges implica que eles, de boa vontade,
satisfaçam sexualmente um ao outro.
A mulher não é mero
objeto de satisfação sexual do homem, nem o homem da mulher. Mas dentro do
casamento deve existir uma satisfação mútua. Para que isto ocorra, é preciso
que o princípio da intimidade seja valorizado. Não pode haver egoísmo. Deve
haver interesse recíproco, diálogo, honestidade, amor, compreensão, confiança
mútua, conhecimento dos gostos e das preferências de cada um.
Muitos problemas no
relacionamento são fruto da falta de intimidade dos cônjuges. Isto ocorre
porque alguns casais começam uma vida a dois sem conhecerem o caráter, a
personalidade e as motivações um do outro. Casam-se no auge da paixão ou
atraídos pela beleza física do outro.
Com o tempo e as
adversidades que enfrentam na vida, o fogo se apaga, os cônjuges se afastam, e
o relacionamento fica desgastado. Eles não devem permitir que isto aconteça,
satisfazendo-se sexualmente, cortejando e conquistando o amor um do outro
diariamente.
O marido não deve ser apressado, grosseiro, rude, mecânico ou impaciente
na relação sexual; deve manter-se calmo, relaxado. Precisa tratar a esposa com
carinho, deixá-la à vontade e ser sensível às necessidades e aos desejos dela
no ato sexual, para que tenham prazer juntos. O marido que durante a relação
sexual age com impaciência geralmente deixa a esposa insegura e frustrada.
Isto acontece porque a
mulher é mais sensível. Precisa, antes de tudo, ser bem tratada ao longo do
dia, cortejada, tocada, acariciada. Precisa sentir-se amada e desejada para se
entregar ao amado.
O ato sexual em si
reflete o envolvimento emocional entre os parceiros, e torna-se mais prazeroso
quando envolve carinho e sedução mútuos. Sendo assim, além da benevolência, a
entrega mútua (1 Coríntios 7.4) também é importante para um relacionamento
saudável e feliz. Isto porque, no casamento, marido e mulher são livres para
desfrutar do corpo um do outro, desde que não se violentem emocionalmente.
Sendo assim, especialmente o homem não deve ser egoísta nem coagir a esposa a
fazer algo que a desagrade. Ele precisa lembrar-se de que, na relação sexual, a
mulher tem a primazia.
Esse é o segundo
princípio da intimidade do casal. A mulher não pode sentir-se forçada a algo;
caso contrário, criará um bloqueio psicológico, e a intimidade conjugal será
prejudicada.
O terceiro princípio da
intimidade aprovada por Deus que deve ser observado no relacionamento é o
consentimento mútuo (1 Coríntios 7.5). De acordo com este princípio, nenhum
cônjuge pode tomar nenhuma decisão importante sem o consentimento do outro
cônjuge; nem mesmo entregar-se a um jejum. Também não pode usar a atividade
sexual como instrumento de chantagem emocional, para obter o que quer do outro.
A relação sexual é uma
espécie de “termômetro do relacionamento conjugal”. Quando é corretamente
praticada dentro dos critérios bíblicos, reforça a união do casal e traz prazer
e felicidade mútua.
Por Pr. Silas Malafaia.
Fonte: Verdade Gospel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário